"Eu sempre disse que um dia teria um gato preto, preto, preto, sem nenhum pelinho branco... Sei que eles são rejeitados e sofrem preconceito (até por quem adora gatos!!!) e queria poder fazer a diferença na vida de pelo menos um bichano. Eu só não tinha idéia da diferença que um "monocromático" faria na minha vida...
Quando minha preta chegou, minha vida estava sem cor, sem graça. Quem poderia imaginar que uma coisinha toda preta poderia fazer tanta diferença, trazer tanto colorido? Sim, ela é toda preta. Não, ela não dá azar. Pelo contrário... Hoje eu tenho motivos para voltar para casa mais cedo, desmarcar compromissos, furar com amigos, faltar na academia. É só eu lembrar daqueles olhos amarelos me esperando que eu corro para casa. Brincar, ficar sem fazer nada, dormir abraçada, fazer companhia. É incrível como em tão pouco tempo já nos amamos e precisamos tanto uma da outra.
A Susan me disse que ela precisaria ser filha única e eu imaginei que seria só por não se dar bem com outros gatos. Mas descobri que na verdade é porque a danada é carente até dizer chega. Quer exclusividade. Me segue onde eu vou (até no banheiro), deita em cima do teclado, estica as patinhas em mim quando meu namorado se aproxima. Ai de mim se eu chegar e não sentar no sofá, antes de fazer qualquer coisa, e encher ela de carinho, pegar no colo, dar uma amassada e dizer 'oi, princesa!!!'
Tenho certeza que ela não é desse mundo... É um anjinho que se fantasiou de gata para dar mais alegria aos meus dias. Na realidade, acho que ela é uma mistura de gata, cachorra (vem quando eu chamo e pega a bolinha quando eu jogo), cabritinha (dá altos pulos com as 4 patas no ar), macaquinha (é só pegar no colo que ela abraça e fica aquele rabinho preto pendurado), além de ter o 'miado por minuto' mais fofo do mundo. Aliás, já reconheço quase todos os sons da minha Lelê.
Carinhosa, meiga, feminina, alegre, ronronenta, esticadona, patuda, veludinho, simpática com as visitas (às vezes mais do que eu mesma...), linda, linda, linda e muito amada. Minha gatinha é tudo isso e muito mais do que eu desejei de uma gatinha.
Eu tive a maior sorte do mundo quando a Letícia me escolheu para ser sua dona. Já não consigo imaginar o que seria da minha vida sem a minha panterinha. Quem criou, acredita e divulga o mito do gato preto com certeza vai ter 7 anos de azar. Azar por não ter receber carinho de patinha e lambidinha na mão, além de horas de diversão garantida com uma simples caneta ou um pedaço de trapo.
Enquanto isso, nós duas vamos ficar aqui, rindo à toa da bobeira humana e dos humanos bobos...
Letícia que resgatou a minha Letícia, você resgatou um presente e adorei ter mantido o nome dela
Dra. Angélica, obrigada por ter cuidado da minha princesa
Susan e AUG, vocês com certeza são responsáveis por um pedaço bem grande da minha felicidade"
Amanda
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Lojinha
