A Alessandra adotou a Judy



A Alessandra adotou a Judy !


Abandono:   A Judy foi tirada do CCZ de Diadema, onde foi entregue junto com sua mamãe-gato e seus irmãos. Com apenas 30 dias, essa gatinha ia ser sacrificada.



Final feliz:  A tia Caroline a levou para a casa da tia Susan e depois para a clínica da ta Angélica, onde ganhou carinho e cuidados especiais. A tia Alessandra entrou em contato através do site, esperou pacientemente que a Judy desmamasse e a levou, para fazer companhia para sua gatinha Charlotte.



Confira o depoimento da Alessandra:

""Eu sempre pensei em ter gatos... Achava-os lindos, charmosos, misteriosos... Mas era impossível enquanto eu morava com meus pais, pois minha mãe os detestava. Tivemos três cachorros maravilhosos, que fizeram a alegria de minha infância e adolescência e que morreram - bem velhinhos - e hoje estão enterrados embaixo de uma árvore no sítio de nossa família, fazendo uma sombra gostosa nos finais de tarde. Sinto imensas saudades deles.

Depois de casada e de morar com meu marido, fui me lembrar de minha vontade de ter gatos quando um gato preto apareceu, nesse mesmo sítio, no começo deste ano. Um gato simpático, ronronante, carinhoso, que vivia miando e me pedindo comida. Enquanto passei férias lá, alimentei-o e, depois que fui embora, os caseiros me contaram que o Gato - esse foi o nome que eu lhe dei - adotou a casa. Vivia por lá tomando sol, passeava e talvez - quero acreditar - me esperasse voltar.

Já em São Paulo, decidi juntamente com meu marido, adotar uma gatinha para morar conosco. Não poderia ser aquele Gato selvagem, acostumado com a liberdade e as dificuldades de viver num sítio, mas uma gatinha - queríamos fêmea - que fosse criada conosco desde pequena. Foi assim que comecei a vasculhar sites de adoção e descobri alguns muito bons, dentre os quais o adoteumgatinho.

Minha primeira gata, no entanto, foi adotada por outro site. A Charlotte - esse é o nome dela - é uma linda preta e branca, de pelos médios, meio descabelada, que me sinou e tem me ensinado muito acerca da convivência e da confiança passíveis de existirem entre pessoas e felinos. Apesar de ser ainda uma criança, ela foi jogada em uma rua movimentada e nem sei como sobreviveu. Tem medo das pessoas e tivemos que conquistá-la aos poucos. Está conosco há quase dois meses e tem se revelado uma gatinha doce, carinhosa e ronronante, além de extremamente sapeca.

Fiquei tão feliz com a adoção da Charlotte e com a companhia dela que decidi adotar uma segunda gatinha, para que ela tivesse companhia e pudesse crescer perto de humanos carinhosos e, também, de alguém da sua espécie, que falasse sua língua e a entendesse melhor do que nós - já que é tão difícil decifrar tantos miados, caretas e abanos de rabos... Continuei meu passeio pelos sites e encontrei Josephine - que na época chamava-se Judy - no site adoteumgatinho. Achei ela tão linda, tão pequena... Sabia que ela fora abandonada com a mãe e os irmãos para ser sacrificada no CCZ de Diadema e que, se não fosse a rapidez das protetoras,ela não estaria aqui comigo hoje. Mas, mesmo com esse início difícil, ela se saiu muito bem.

Foi levada para uma clínica, pode mamar na mãe, conviver com seus irmãos, brincar e aprender umas tantas coisas. Quando fui visitá-la na clínica, tive ainda mais certeza que a adotaria. Era super brincalhona e esperta, cabia na palma da minha mão e ficava me olhando com seus olhões enormes. E seu pelinhos branco e marrom tigrado, cheio de bolotas, de pintinhas, o nariz pintado de marrom... uma criaturinha fofa e bem humorada...

Busquei-a na clínica na véspera do feriado da semana passada. Levei-a para casa. Ela e Charlotte se estranharam um pouco, houveram vários fuzzzzzzzzzz e patadas, mas percebi que Charlotte não usava as unhas, o que me fez entender que ela não iria machucar a Josephine. Ao mesmo tempo, vi de cara que Josephine é muito ousada. Ela vai andando meio desajeitada, a irmã dá um empurrão nela, ela para, recua, pensa um pouco e vai para cima de novo... Que coragem tem essa menina!!! E que estômago - come a beça - e que pulmões - mia super alto!!!

Viajamos no feriado, a família gato toda. Fomos para o tal sítio do começo da história. Lá, Josephine passou parte do tempo nos escalando, dormindo em nosso colo ou brincando com nossas mãos. A outra parte, passou seguindo Charlotte, brincando com ela, sendo lambida por ela, dormindo juntas.

É lindo ver as duas, uma moleca de cinco meses e uma bebê de quase dois, bem menor que a primeira. Elas se tornaram realmente irmãs adotivas... brincam, dormem juntas, se seguem, se provocam... Josephine tenta imitar a Charlotte, mas ainda não consegue fazer tudo o que ela faz e fica por lá, miando e reclamando... Já queria ser grandona, eu acho.