Boletim - Abril 2012

Boletim informativo AUG



Queridos amigos, 

E mais um mês passou voando! Um mês corrido para nós, mas também cheio de novidades. Já adiantamos para vocês no outro boletim que estamos cheias de ideias, né? E agora começamos a colocá-las em prática.
No ano que vem o Adote faz 10 anos e vocês (muitos nos conhecem desde o primeiro resgate!) sabem que todo mês temos as mesmas preocupações: se vamos ter dinheiro para pagar as contas, se vamos poder ajudar em um resgate maior. Quando vemos algo legal sendo feito, pensamos: "Pô, seria tão legal se pudéssemos ter isso na ONG..."

É como a Campanha do Agasalho. Ela começa na semana que vem! Fiquem ligados nos pontos de arrecadação: www.adoteumgatinho.org.br/campanhadoagasalho2012.
Quando pensamos na primeira, parecia uma ideia tão "fácil"... Trabalhosa, claro, mas com boa vontade e algumas caixas, fizemos diferença na vida de centenas de cachorrinhos, gatinhos e outros bichinhos.

Às vezes é só isso que precisamos: uma ideia e gente para colocar em prática. Temos as ideias, temos as pessoas, agora falta investir. Queremos ver o AUG grande, sem o desespero de economizar até nos brinquedinhos dos gatos para que todos tenham o melhor atendimento veterinário possível.

Faremos muitas mudanças. Vamos dar um passo grande e não vamos negar que estamos apavoradas. E se estivermos sonhando alto demais? No entanto, depois de quase 10 anos de luta será que é sonhar tão alto assim querer uma casa/sede para nossos gatinhos com sol (e quem sabe até uma graminha!) para eles morarem até serem adotados? Uma maternidade? São tantos sonhos...

Enquanto não colocamos os planos em prática, precisamos da ajuda de vocês para pagar as contas de abril, que foram altas como sempre. Em 15 dias gastamos 20 mil reais com 7 casos graves de UTI que vocês vão ver a seguir.

Então, bora trabalhar e contar tudo que fizemos porque podemos sonhar, mas temos que dar duro e sem folga. São muitas boquinhas para alimentar!

Para nos ajudar com qualquer quantia:

Itaú - agência 2970 - conta corrente 12869-6

Bradesco - agência 3334 - conta corrente 6253-7

Razão Social: Adote um Gatinho

CNPJ: 08.858.329/0001-08

Obrigado por tudo!
Susan, Juliana e voluntários AUG



Esse boletim começa de novo com as mamães com filhotes, as gravidinhas e os bebês. Já vimos que vocês gostam de ver os fofoletes primeiro, né?

E quem abre o boletim é a Orange e seus pequerruchos. Esse resgate foi muito bacana e vocês já conhecem a fofinha. Como ela tinha um estreitamento de pelve, pela primeira vez fizemos um raio-X de gravidinha e ficamos todas falando "Oinnnnnnn" quando vimos a imagem. Quer coisa mais fofa que ver os bebês na barriga?
Fizemos o exame porque estávamos com medo que ela, por causa de um atropelamento antigo, não conseguisse parir. Felizmente ela conseguiu e foi uma excelente parideira. Nasceram dois meninos laranjinhas como ela e duas meninas escaminhas. Afinal, toda mamãe laranja tem que ter filhotas escaminhas, né? :-) Os bebês nasceram uns tourinhos de fortes, grandões, super saudáveis.



Dois dias após o nascimento, uma moça nos pediu ajuda porque tinha encontrado um bebê gelado, nascido naquele dia, e se ele não tivesse uma gatinha com leite poderia não sobreviver. Então a Susan colocou o bebezinho com a Orange, que o aceitou prontamente. Apesar de terem apenas 2 dias de diferença, os bebês da Orange eram o triplo do tamanho do bebezico órfão. Ele mamou, mamou tudo o que podia e a Susan foi dormir tranquila. Infelizmente no dia seguinte ele estava de canto e tinha partido para o céu dos gatinhos.



O mais triste é que os bebês da Orange também ficaram doentes uma semana depois. Provavelmente a mamãe Orange é portadora assintomática de rinotraqueíte. O fato é que estão todos gripados e estamos lutando muito para que eles sobrevivam, embora a gente saiba que seja muito difícil recém-nascidos se curarem de gripe.  Eles estão tomando dois antibióticos diferentes, vitamina C e fazendo inalação com medicamentos a cada 3 horas. Dia e noite, 24 horas por dia, a Susan está se dedicando.  A gente nunca desiste, quem sabe um milagrinho de última hora, né?  Vejam como são fofos!

A Brenda vocês também conheceram. Ela é aquela pretinha brava que resgatamos gravidinha no mês passado. No dia 19 de abril ela teve os nenês, mas como vocês podem ver, ela é muito protetora, nem deixa a gente pegar os pequenos. Por mais que a gente tente, faça carinho, leve agradinhos, ela rosna baixinho, como quem diz "ninguém mexe nos meus bebês não!!!", e esconde os bebês no meio da barriga. Fica um pretume só, se não fosse um frajolinha nem dava para ver nada! rsrsrsrsrs

A Athena também teve bebês e foi deixada na clínica onde uma das nossas vets trabalha. Agora virou moda isso: sabem onde nosso pessoal trabalha e abandonam. Acontece muito na nossa sede também. Por isso, quando tivermos nossa casa definitiva vamos ter câmeras de segurança em tudo. Assim, quem abandonar animais responde na Polícia, né? A Athena teve 4 lindos bebês e todos estavam espertinhos, até que a Hera amanheceu caidinha e foi piorando até ter que ser internada. Filhoticos desse tamanho desidratam em horas e uma diarreia forte pode matá-los. Ela foi separada dos irmãos e continuou com a mãe, que também precisou ser internada. Graças a Deus ela melhorou, mas filhotes são aventureiros e essa parece que está testando quantas vidas tem. Quando teve alta, foi para a casa de uma voluntária e acabou caindo de um lugar alto que escalou, bateu a cabecinha e se machucou (teve até uma convulsão). Ela foi tratada e está bem. Estamos pensando em embrulhar a pequena em plástico bolha para ver se ela pára de aprontar até estar mais fortinha e maiorzinha! Assim não se machuca! rsrsrsrs


Uma das nossas voluntárias estava indo para seu turno para cuidar dos gatinhos da nossa sede e encontrou o quê no caminho? Gatinhos! Parece que somos ímãs! Essas 4 fofuras estavam em uma caixa na rua e foram resgatados. Sem a menor criatividade para batizar os nenês, nossa voluntária quis facilitar e colocou todos com a letra J. É difícil arrumar nomes diferentes para tantos gatos! Apesar de nos primeiros dias tudo ter corrido bem, aconteceu o que é muito comum: depois de resgatados e vermifugados, veio a diarreia, a gripe e as doenças até ficarem imunes a tudo. O Juca teve uma diarreia tão forte, mas tão forte que pensamos que ele não ia resistir. Ele também foi internado e passou 2 noites sob cuidados intensivos para não desidratar e lutar contra os vermes. Felizmente ele saiu de perigo e está se recuperando. Os outros "Jotas", Joca, Jeff e Jaira, estão bem.




Essas 3 coisicas lindas de morrer, acreditem ou não, foram salvas aos 45 do segundo tempo. A funcionária da Dra. Angélica estava chegando para trabalhar quando viu dois moradores de rua com os bebês. Perguntou onde estavam indo com eles e eles disseram que queriam vender para quem quisesse. Ela acabou pagando R$5 por cada gatinho e correu para dar comidinha e cuidar deles. Estavam famintos!!! A Dra Angélica tratou e eles são lindos e fofinhos. Apesar desse comecinho difícil de vida, toda vez que alguém passa por eles estão brincando felizinhos, mesmo no espaço mínimo da gaiola. São umas fofuras!



Quando você acaba sendo conhecido por gostar de gatos, essas coisas acontecem. Em qualquer lugar que vamos, nos pedem ajuda. Dessa vez foi a faxineira do laboratório que implorou que aceitássemos 6 gatinhos que a dona da casa ia jogar em um lixão. Conseguimos mantê-los com a mãe até desmamarem e castramos a mãe. Ficamos com os filhotes, que são fortinhos, saudáveis, mansinhos e que precisam ser adotados. Tomara que tenham sorte porque sabemos bem o que acontece com os filhotes pretinhos e escaminhas: ninguém adota e eles ficam esperando, esperando, esperando...





Com o entra e sai de voluntárias, gatos, caixinhas, comida, areia, nossos vizinhos toda hora chegam com gatos para recolhermos. É uma região muito pobre e os vizinhos são, em sua maioria, imigrantes bolivianos que vivem em condição miserável (a gente também consegue ver a casa deles). Sabemos que se não dermos abrigo, eles vão soltar os gatos em qualquer lugar. Dessa vez recebemos uma linda familinha, batizada por alguma fã do seriado Grey's Anatomy!
Estavam feinhos e doentes quando resgatados, mas viraram príncipes e princesas e estão lindinhos demais!

Quem também chegou ao AUG foi o Petisco, que depois de uma consulta descobrimos ser a Petisca. Uma menininha micro, magrinha e faminta, foi encontrada no motor de um carro por uma voluntária. Pelo que se falou na vizinhança, a mãe dela morreu atropelada, ela se escondeu em uma árvore e passou a noite por lá. Quando tentaram fazê-la descer ela se apavorou e acabou entrando por baixo do carro e foi parar no motor. Sorte que a Paula viu tudo e foi ajudar. A Petisca estava toda feliz na nova casa, tentando se acostumar com os gatos e ganhando muito amor, mas ficou doentinha. A tia Paula, que está grávida e nem deveria passar por tanto nervoso, ficou dias e dias cuidando da Petisca dia e noite, dando comidinha na seringa, dormindo abraçadinha para ela melhorar. Os últimos exames mostraram que ela está melhor, mas ainda fraquinha, agora é esperar que a mágica do amor e cuidados certos funcionem!

O Jorginho, a Nina e a Rita vieram de um lugar horrível, ponto de abandono de cães e gatos. Todos os dias recebemos pedidos desesperados de ajuda e nada é feito para controlar o abandono. É uma região muito pobre e jogam animais perto da balsa do Grajaú em pleno dia, com gente vendo, nem se preocupam em esconder. Um horror. Uma protetora da região os acolheu e estamos cuidando deles. Assim ao menos terão alguma chance.




Tatu ganhou esse nome porque morava num buraco. Na verdade era um cano de esgoto ao lado de uma padaria. Em um sábado, a Susan foi almoçar lá com o marido e, de longe, enxergou duas orelhinhas para fora do buraco no chão. Desde então a Susan não conseguiu sossegar até que, depois de 4 dias de plantão dia e noite, conseguiu pegar o danado de madrugada com a armadilha. Tatu parecia ser um gatinho arisco, mas que nada. Bastou um abraço para ele virar de barriguinha e se mostrar o mais agradecido dos frajolas.



Filomena e Josefina vieram de uma favela próxima ao Zoológico. Estavam doentinhas, mas como não tinha para onde levá-las a Raquel, que nos pediu ajuda, estava cuidando delas na favela mesmo. Agora estão com a gente, curadas, gordinhas e saudáveis, prontinhas para adoção.



Demi estava abandonada em um condomínio de casas em São Bernardo do Campo, apavorada. Depois de abrigada, quentinha e bem tratada, se mostrou uma lady comportada e carinhosa.



Recebemos um pedido de ajuda desesperado para uma gatinha que havia caído de um andaime em uma obra, estava com a pata quebrada e filhotes. A Susan largou tudo apavorada e foi até o local. Felizmente a situação era bem mais tranquila. A tricolorzinha só precisou de umas injeções para ficar bem da perninha e o branquinho estava bem. O terceiro irmãozinho não sobreviveu à queda e a mãe, arisca, fugiu desesperada.



Alguns dias depois ligaram para a Susan falando que tinham encontrado a mãe dos gatinhos. Chegou uma pretinha assustada e uma bebezinha, mas não existe grau de parentesco entre eles e a filhinha pretucha é mais velha que os peludinhos. De qualquer forma, estão abrigadas e quentinhas também.

Esse resgate é um bom exemplo de que quando se quer ajudar, todos devem fazer sua parte. Essa ninhadinha foi deixada em uma caixa em um terreno baldio perto da casa de uma voluntária que está com a casa já cheia de gatinhos que precisam tomar remédios de 8 em 8 horas. Ela então pediu ajuda e outra voluntária topou ficar com eles. Essa turminha já comia sozinha e, como estão saudáveis, só precisavam de muito amor e comidinha para ficarem gordinhos e bonitos.

Cullin, Felicia e Curry estavam abandonados na Rua Frei Caneca em um estado lastimável e tiveram muita sorte. Cheios de pulgas, vermes, desnutridos. O pedido chegou pela internet e a Marília, uma das nossas voluntárias, abriu sua casa e seu coração para eles, que agora estão a salvo.

A Savanah foi resgatada por uma pessoa que não teve opção. A vizinha, sabendo que ela gosta de gatos, bateu na porta dela na maior cara de pau com a gatinha no colo. Era pegar ou pegar, porque senão ela ia deixar a gatinha solta no condomínio à noite e na chuva. É uma linda tigrinha que agora está protegida.



História bizarra é a da Dana. A Bell, uma das nossas mais antigas voluntárias, já pegou essa gatinha no condomínio onde mora uma vez achando ser de rua. Uma moradora disse que era a dona da gatinha e a Bell devolveu. Recentemente o zelador veio pedir para que a Bell "roubasse" a gata da mulher porque ela colocava a gatinha na área onde fica o lixo do condomínio durante o dia e só buscava à noite. Para piorar, a gata morava no 8o andar e o apartamento não tem redes na janela, ou seja, logo teríamos mais uma paralítica para cuidar. A Bell então acionou o síndico para explicar a situação, mas não encontrou problemas em pedir a guarda da gata. A tal dona entregou a gatinha sem dar muita bola, na presença do síndico e de um policial que também vive no condomínio. Ela agora está para adoção.

E o Pulguinha? Ai, que dó desse gatinho...
Recebemos o apelo de que ele estava no Terminal de Cargas da Fernão Dias, abandonado e com uma fratura exposta há dias... A Ju estava na UTI quando o Pulguinha chegou com o taxi dog. A Ju estava esperando por um gato adulto, dessas de rua, meio bravo, inquieto, mas na caixinha tinha um mini gato magérrimo. Ela não sabia se o gatinho era pequeno pela idade ou porque não cresceu mesmo. Ele estava quietinho na caixinha, mesmo depois de quase meio dia dentro do carro para ser socorrido e encaminhado. Quando a Ju viu a fratura, ela se assustou. Em quase 10 anos nunca viu tanto osso exposto. Dava para ver tudo, até o músculo. E o gatinho sem dar um miado, não estava em choque e estava com fome, pobrezinha. Para querer comer com essa dor toda, deveria estar com muita fome. Ela foi internado para sair do quadro de desidratação e, quando melhorou um pouco, foi direto para cirurgia porque a perninha precisava ser amputada o quanto antes. Ele já se recuperou da cirurgia. Podemos dizer com a experiência de quem tem pernetinhas, de que eles são os gatinhos mais agradecidos que conhecemos! Será que o Pulguinha também vai encontrar sua família?

Outro resgatado que deu um trabalhão foi o Ney. Foi batizado de Ney (de Ney Matogrosso mesmo!), pelas meninas que o encontraram na porta da nossa sede. Ele estava faminto, provavelmente porque não conseguia se alimentar há muito tempo por só ter 2 dentes. Para piorar, eles estavam quebrados e podres, o que deveria estar causando muita dor. Além disso, é perigoso porque a infecção dos dentes pode ir se espalhando. Ele precisou retirar os dentinhos e parecia estar se recuperando bem, mas teve uma queda de imunidade muito grande e quase morreu. Foi internado com vômitos e diarreia e estava muito fraco. Os exames mostraram uma alteração grave no fígado. Ele não se alimenta sozinho e se recusa a comer mesmo forçado então foi preciso colocar uma sonda para que ele se alimente. Ele continua internado e, como é idoso, tem problemas hepáticos e está muito fraquinho, precisa de toda boa energia e orações que puder receber. Estamos apreensivas e temos medo que o pior possa acontecer sem que ele tenha tido a chance de ter uma boa vida.

O Hunter foi resgatado depois de termos recebido um apelo de que um gatinho tinha sido atropelado e estava largado imóvel naquele inferno do Grajaú, o tal ponto de abandono. A Dra. Angélica fez os primeiros socorros e notou o abdômen estranho. Ele foi envenenado e atropelado em seguida ou atropelado. Com a descarga de adrenalina e tudo mais, começou a babar e teve uma crise de glicemia. Como era um caso sério, foi para a UTI porque corria risco de vida. Depois de 3 dias ele teve alta. Estava mais fortinho, respirava melhor e continuou o tratamento na Dra Angélica. Soubemos depois pelos exames e imagens que ele não foi envenenado. Ele deve ter sido "só" atropelado porque o diagnóstico dele foi de pneumopatia (os pulmões se encheram depois de um trauma). Não sabemos se foi uma hemorragia porque não podiam fazer mais exames e imagens dele para ver se era sangue nos pulmões. Os últimos exames mostraram que o líquido se dissipou e que ele estava fora de perigo. Ele está bem, teve alguns altos e baixos, mas já está comendo e até ronronando. Tudo indica que agora a vida dele vai ser da clínica para uma nova casa. Chega de sofrimento para esse frajola! 

Mais um gatinho resgatado e que está dando um trabalhão e muitos gastos é o Rajá. Foi detectada uma massa na laringe, provavelmente um tumor, e ele tinha 2 opções: não operar e ele morria sufocado ou operar e correr o risco dele morrer por causa da seriedade da cirurgia. Se ele morresse sozinho e sem ar não nos perdoaríamos. Se ele morresse na mesa, nos culparíamos porque ele poderia ter vivido alguns meses sem operar. Uma escolha impossível, mas tivemos que escolher e escolhemos operar. Desistir sem tentar não é com o AUG. E o que era improvável e nem pensamos que poderia acontecer, aconteceu. Ele retirou o tumor, sobreviveu e está se recuperando devagarinho. Ele agora pode até ter uma vida boa! Curtinha porque é idosinho e fraquinho, mas uma boa vida. :-)

Mais sorte teve o Johnny. Quer dizer, o coitado foi encontrado em uma escola sendo judiado pelas crianças, mas pelo menos teve a sorte de ter sido resgatado e não ter ferimentos graves. Sempre que casos de crianças maltratando animais chegam até nós ficamos muito pês da vida. Poxa, onde estão os adultos responsáveis por eles? Não só os pais, mas também os professores, já que foi numa escola. Hoje chuta um gato, amanhã coloca fogo em um morador de rua. Todos os sinais de que essas crianças precisavam aprender a respeitar a vida estavam lá e ninguém fez nada. É desanimador, né? 

Muitos outros gatinhos foram resgatados em abril. O Bombocado veio de uma churrasqueira em plena sexta-feira 13;



o Sebastian estava dentro do motor de um carro;



o Visita, que rondava a casa de uma voluntária;





a Vivi e o Vitor, que são gatinhos que continuam a aparecer em uma casa onde fizemos um grande resgate há anos e chamamos de "formosos". Como nunca conseguimos capturar e castrar todos, vez ou outra uma gata aparece e começa tudo de novo...



Em abril castramos 64 gatos. Esse número não é nem de longe o que gostaríamos que fosse. Se não tivéssemos tantos casos graves, tantos gatos precisando de cirurgias e tantos tratamentos tão caros, poderíamos multiplicar esse número. Aí seríamos uma ONG voltada só para castração e nenhuma de nós tem coragem de negar abrigo ou tratamento para um gatinho estropiado, atropelado, envenenado, paralítico... Se tivéssemos dinheiro, aumentaríamos essas cirurgias e faríamos pequenos mutirões todos os meses. Estamos sempre apertadas e ainda não dá para colocar esse plano em ação. No futuro, vamos achar quem aceite co-patrocinar esses pequenos mutirões e vamos operar muitos gatinhos. Não só os que resgatamos, mas também os que não conseguimos resgatar também. Pelo menos eles não vão gerar mais e mais filhotinhos para sofrer com o abandono e a vida nas ruas.



Em abril 79 gatinhos resgatados das ruas ganharam novas famílias! Olha cada carinha linda com novas vidas para viver!!!






E agora os conhecidos de todos vocês, os gatinhos que vocês já conheceram em outros boletins e que continuam em tratamento. Nem sempre o gatinho resgatado tem sorte de passar pelo que chamamos de "kit básico", que é castrar, vacinar, vermifugar, engordar e ser adotado. Esses são sortudos. Pode demorar menos de um mês e pronto, a vida deles muda da rua para o sofá. Alguns são resgatados doentinhos e demora mesmo até que possam ser doados.

A Xuxinha continua fazendo quimioterapia. Não são todos os gatos que aceitam bem o tratamento e por isso raramente fazemos isso. Ela teve uma boa resposta depois da cirurgia e por isso estamos tentando. Se ela pode viver bem mesmo com a quimio, devemos tentar. Ela responde bem ao tratamento e esperamos que logo ela tenha alta.

O Seninha ainda não fez nenhuma sessão de fisioterapia ou acupuntura, mas já deu seus primeiros passinhos, apesar de descoordenados. Para surpresa de todos, começou a fazer xixi e cocô sozinho. A Dra Angélica tinha que massagear para ele conseguir urinar e defecar, mas o mocinho é esperto e quer viver sem precisar de ninguém. É independente! rsrsrs Ele não fez nenhuma cirurgia corretiva também até agora. Vamos esperar para ver como ele fica depois da fisioterapia e vamos dando notícias.

Falando em fazer xixi e cocô, rsrsrsrs, o Simon também teve grande melhora. Para quem estava desacreditado, ficar fazendo pose e gracinhas enquanto tira fotos é um milagre, né? A infecção que não queria largar o Simon diminuiu muito. No exame de sangue ela nem aparece mais, mas ainda há infecção no osso da patinha operada. Ainda existe o risco de o Simon ter que amputar essa patinha, que na verdade ela está bem ruinzinha, atrofiada. A gente não queria se precipitar porque, como ele não se levantava, seria uma judiação perder uma patinha.
Depois que começou a fazer fisioterapia o Simon já começou a dar os seus primeiros passinhos. Ele é preguiçoso, mas quando quer comer e beber não fica mais se arrastando: ele se ergue e, como um saci, vai pulando até os potinhos. A fisioterapeuta disse que fortalecendo os músculos da patinha traseira, que é boa, ele vai se virar bem. Ele está fazendo fisioterapia na patinha ruim para se alongar. Talvez ele não perca a patinha e possa voltar a ser um gatinho normal. Vai demorar, mas vai dar certo! O Simon não passou por tudo o que passou para não sair vencedor, não é?

A Amêndoa, gatinha que também tinha problemas para andar, não melhorou com a atadura que limita os movimentos então não vai mais usar. Ela tem incontinência urinária e vai sempre andar apoiando o tarso e o calcâneo ou, em linguagem que nós leigos entendemos, vai andar parecendo um sapinho. Ela é tão boazinha e precisa tanto de uma mamãe e uma família... 

O Feijão está ótimo. Ele foi operado no mês passado, lembram? Ele não precisou tirar o olhinho, apesar de ter perdido a visão. Logo vai ser castrado e vacinado e, se Deus quiser, alguém vai querer adotar esse pretinho que só conheceu sofrimento até agora.

E o Jonne Ramon, o gatinho todo esfolado do boletim passado continua seu tratamento. É um tratamento puxado, afinal é difícil recuperar a pele. São curativos e curativos, mais muito cuidado para não infeccionar nenhuma lesão, mas olhem a diferença!!! Logo alguém vai para adoção!

E bons resultados tem que ser comemorados né? Lembram do Duck, gatinho de Santo André que precisou tirar o canal auditivo? Depois da cirurgia ele ficou muito debilitado. O lugar é sensível, é difícil limpar, manter o gatinho calmo para fazer os curativos e dar os remédios. A Keka, nossa voluntária que fez o resgate, tirou o fofo da UTI para economizarmos e fez todo o tratamento sozinha, com muito carinho, paciência e amor. Vejam as fotos com a melhora dele! É impressionante!!!

Tem aquela turminha que tem seus altos e baixos e que estão sempre nos dando sustos. A Frida continua na mesma. Sabemos que ela nunca vai se curar da inflamação oral devido à estomatite e gengivite, típicas de gatinhos com FIV, mas ela vive bem com esse probleminha. Como a clínica da Dra Angélica está em reforma, a Frida foi morar um tempo na casa da mãe da Dra Angélica. Estranhou a mudança e ficou mais fraquinha, mais enjoadinha para comer, mas está bem dentro do que é possível para ela, uma senhorinha toda delicada.

O Gigio não tem possibilidades de cura. Ele anda um pouquinho com dificuldade e logo tomba. É um caso de cerebelopatia sem evolução. Ele fez um ultrassom de crânio que mostrou uma massa encostada no cerebelo. O neurologista acredita que ele esteja cego (por definitivo ou temporariamente) e disse que existem duas opções: um tumor, que ele acredita não ser (porque tumores fazem o gato piorar muito rapidamente) ou um AVC. Essa possibilidade é a mais concreta e não há o que fazer. De qualquer forma, vocês precisam ver como ele melhorou. Está peludinho, bonito e não está mais tão assustado quanto ele chegou. Seria um milagre o Gigio conseguir uma casinha, mas já dissemos aqui que acreditamos em milagres, certo? :-)

A Geraldine amputou o bracinho defeituoso de nascença. Foi a melhor coisa pra ela, porque agora ela não fica mais tentando encostar a mãozinha no chão. Como os gatos se adaptam facilmente, uma patinha a mais ou a menos não faz a menor diferença!



O Tonico é aquele gatinho que foi atropelado e que os vizinhos estavam querendo sacrificar à paulada, lembram? Ele precisou ser operado às pressas porque, por conta da fratura de bacia, ele teve estreitamento de pelve e não conseguia defecar. A bacia foi fixada e, no mesmo dia, Tonico conseguiu se levantar, foi emocionante. Como ele ficou  bastante tempo deitado, as perninhas deram uma atrofiada e agora ele está fazendo fisioterapia junto com o Simon para voltar a andar direitinho. A cada sessão uma melhora!

Quem nos deu um susto enorme em abril foi o Tremelique. Todo mundo sabe que ele é todo dodoizinho. Chegou cambaleando, começou a perder a coordenação, os movimentos e a convulsionar. O que ele tem ninguém consegue saber, nem mesmo os melhores veterinários e neurologistas de São Paulo. Sabemos que ele tem algum problema cerebelar e degenerativo, coisa raríssima de se ver.
O Tremelique começou a ter uma convulsão atrás da outra, sem parar. Foi parar na UTI e depois da alta teve a dose de Gardenal triplicada.
Agora descobrimos que o Treme tem otite média, que acaba afetando a bula timpânica. Com certeza esse é o menor dos problemas, mas colabora com a perda de equilíbrio e, apesar de poder ter sido o estopim para as convulsões, não é a causa de tudo. Ele já passou com a dermatologista e estamos tratando a otite média como dá. O certo seria ele tomar anestesia, fazer lavagem e fazer uma análise por vídeo da região. Como ele tem problemas neurológicos, uma anestesia poderia ser fatal. Por isso, primeiro vamos tratar o ouvido com antibióticos e ver como ele fica. Só com uma limpezinha básica e a introdução de antibiótico nos ouvidos o Tremelique se mostra mais disposto e interativo. Como ele usa fraldas e precisa de ajuda para se alimentar, já que não consegue mais andar, a Susan o levou para casa para que ele possa ser monitorado por uma boa parte do dia.




Já faz algum tempo que não colocamos mais no boletim os gatinhos que viraram estrelinhas. Percebemos que as pessoas não gostavam de ler e se entristeciam. Sabemos bem como é isso. 

Resolvemos avisar só os padrinhos e madrinhas e guardávamos a dor para nós. Infelizmente, nesse mês perdemos de uma vez dois dos mais antigos gatinhos do nosso abrigo: o Zen, que passou os últimos meses sob os cuidados e carinhos da Keka, que não quis vê-lo doente e sozinho no abrigo; e no finalzinho do mês a Pipoca, amiguinha do Zen, também positiva para leucemia, que esperou como ele por anos pela adoção que nunca chegou. Foram amados por nós e pelos seus benfeitores e isso é um alívio e uma forma de nos consolar. Eles poderiam ter morrido há muitos anos na rua, doentes, com dor. Eles foram amados e bem cuidados, mas sempre fica a sensação de que não bastou. 



Por isso, mais uma vez queremos pedir que vocês ajudem a nossa ONG. Que depositem qualquer quantia na conta dos gatinhos, que escolham um deles para apadrinhar, que ajudem como puderem. São muitos gatinhos e, como alguns nunca vão ser adotados, precisamos mantê-los com dignidade e barriguinha cheia. Além disso, precisamos continuar a tirar outros Zens e Pipocas das ruas para que, mesmo que eles não conheçam o que é ter uma casa, terão amor e nunca mais passarão fome. 

Existem muitas formas de ajudar e ficaríamos muito felizes se vocês considerassem pelo menos alguma. Apesar de sermos sempre positivas e acreditarmos muito que o AUG vai crescer, é importante que vocês saibam que estamos passando por uma fase financeira muito delicada... Há meses gastamos mais do que conseguimos arrecadar. Não é culpa de ninguém, claro. Talvez pensem que por sermos a maior ONG de gatos de São Paulo ou do Brasil a gente não precisa de ajuda como os outros grupos. Mas isso não é verdade! Somos grandes porque ajudamos mais e, consequentemente, temos despesas maiores... Contamos com toda a ajuda possível para abrigarmos com dignidade nossos 420 gatinhos e podermos fazer sempre mais. Por favor, colaborem com o nosso trabalho.

 


Como ajudar a AUG:

 
   
Doando qualquer valor para ajudar a custear castrações, consultas, tratamentos e internações:

Depósitos:

Itau - agência 2970 - conta corrente 12869-6
Bradesco - agência 3334 - conta corrente 6253-7
Razão Social: Adote um Gatinho
CNPJ: 08.858.329/0001-08


Emissão de boletos:

Escreva para susan@adoteumgatinho.org.br, informando nome completo, endereço completo com CEP, CPF, valor desejado e data para vencimento.

Cartão de crédito:

Pelo Pag Seguro do UOL
Doando ração, remédios, areia, caminhas e paninhos

Escreva para informacoes@adoteumgatinho.org.br para saber onde deixar a sua doação!  Lembrando que temos uma caixa de doações fixa em duas unidades do Provet - Avenida Aratãs, 1009, Moema e Rua Francisco Zicardi, 16, Anália Franco. Basta passar lá e deixar a doação na nossa caixa! 

Apadrinhando um gatinho

O Adote um Gatinho hoje conta com 420 gatos abrigados. Muitos deles têm poucas chances de adoção. Outros precisam de longos tratamentos até estarem prontos para serem adotados.  Seja madrinha ou padrinho de um  dos nossos encalhadinhos!  adotados.

Seja madrinha ou padrinho de um
dos nossos encalhadinhos!
   







Adquirindo um produto AUG

Toda a linha de produtos Adote um Gatinho, que inclui camisetas, ecobags, canetas, cadernos, adesivos e muitos outros itens, está à venda pelo site e na loja Endossa, localizada dentro do Centro Cultural São Paulo, ao lado da estação Vergueiro do metrô.
Para comprar online, escreva para lojinha@adoteumgatinho.org.br, informando o produto, a quantidade desejada e o seu endereço com CEP. Sua compra será enviada pelo correio.

Campanha Gato Preto Dá Sorte

Esse lindo caderninho será um presente do Adote um Gatinho para todo mundo que participar da campanha Gato Preto Dá Sorte. Para garantir o seu, faça uma doação de R$50 e ajude os gatinhos da ONG!   



Após fazer a sua doação, envie um email para gatopreto@adoteumgatinho.org.br com o comprovante de pagamento + seu nome e endereço completo.

Os nomes dos participantes serão incluídos em uma página especial do site do AUG, como prova de que vocês são contra o preconceito com os pretolinos!

Os caderninhos são exclusivos e em edição limitada, hein! Só ganha quem participar da Campanha Gato Preto Dá Sorte.

Formato: 9cm x 12cm
Capa dura, miolo 100 folhas




 

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