Queridos amigos,
Ufa! Vocês não imaginam a correria que foi março! Tantos pedidos e tantos resgates urgentes que em uma semana (7 dias só!), resgatamos 40 gatinhos! Fechamos o dia 29 com 103 gatos resgatados ou ajudados. 103 gatos!!! Quero ver que ONG do mundo faz isso com a mínima estrutura que temos e pouco dinheiro em caixa. Mas sabem por que conseguimos? Porque fazemos com amor e aí a ajuda chega para nos salvar! :-)
Voltando ao resgate daquela semana, onde colocar 40 gatinhos? Saímos distribuindo nas nossas casas, alguns em gaiolinhas, um sufoco. Graças a Deus todos passam bem e aí todo esse trabalho e estresse de resgate valem a pena, né?
E nesse mês também tomamos uma decisão muito séria. Cansamos de ficar esperando que as escolas das periferias nos dessem autorização para fazer nossos 3 mutirões restantes com o dinheiro do prêmio do concurso Sonora. Em julho vai fazer um ano que estamos pedindo, pedindo, implorando, mandando emails, tentando de todas as formas e só recebemos nãos em resposta. E quando aparece alguém que consegue a escola, é uma burocracia tão grande que quem desiste somos nós porque as limitações de horários e datas são humanamente impossíveis de cumprir.
E aí decidimos que vamos fazer pequenos mutirões com 30, 40 gatos que moram nas ruas e procriam sem que ninguém cuide deles. Nos Estados Unidos essa prática é muito usada. Eles a chamam de algo que traduzido para o português ficaria CED: Captura, Esterilização, Devolução. A castração controla a superpopulação de gatos nas chamadas colônias de gatos ferais.
A ideia é ótima e para eles funciona direitinho, afinal os americanos são todos certinhos, preto no branco. Nós, moles como somos, capturamos para soltar depois, mas não temos coragem de devolver os bonzinhos, né? Somos menos racionais e sabemos que isso é um problema. Mas quem tem coragem de devolver para a rua gatinho que só quer carinho e comidinha? Mamãe com bebezinhos?
E foi assim que nos metemos nesse resgate: uma colônia inteira de gatinhos no bairro do Pacaembu. Era para eles serem ariscos, mas bastou 2 dias no abrigo se recuperando das cirurgias que vimos que só precisam de carinho. Soubemos que um morador tinha muitos gatos vivendo soltos em uma rua perto do estádio e que eles estavam sendo envenenados pelos vizinhos. Fizemos contato e soubemos que o morador da casa tinha os gatos porque aparentemente aquela é uma região com muitos ratos (por conta da construção do piscinão ou algo assim).
Os gatos, que eram 20, procriaram, procriaram e não temos ideia de quantos podem ser hoje. Em 2 dias de resgate, capturamos 22. Desses, 2 filhotinhos e uma mamãe com 2 filhotes fofos.
Mamãe é desconfiada, mas é fofa e os filhotes são um arraso!
Esses são os maiorzinhos!
Eles foram levados para o abrigo e isolados. No domingo fizemos nosso primeiro mini-mutirão e castramos todos esses gatinhos, menos uma gata prenha. Ficamos com dó porque a gravidez está avançada.
O Dr. João Mariano - CRMVSP 26058 - tel (11) 7750-3646 - foi recomendado pela Tati da Confraria de Miados e Latidos, nossa amiga há muitos anos, e as cirurgias foram bem feitas. Ficamos muito felizes com o resultado. Obrigada Dr. João e Dra. Katia, anestesista, pelo cuidado e carinho com os nossos gatinhos! Algumas fotos do mutirão. Preparando os gatinhos depois de anestesiados; raspando os saquinhos e barriguinhas; e fazendo as cirurgias. Dra. Kátia e voluntárias Gisele e Paula.
A sala de recuperação: muito carinho e cuidados. Nossas voluntárias sempre atentas conferindo a respiração dos gatinhos, quem ia acordando, quem estava meio grogue, acalmando os gatinhos...
Silvana, Sylvia, Paula, Larissa e Solange cuidando dos gatinhos e Carol documentando tudo! Voluntárias que valem ouro!
A ideia original era capturar, esterilizar e doar, certo? Mas eles agora estão mansinhos e vamos tentar doá-los. São bonitos, estão saudáveis, não faz sentido devolvê-los para uma vida de rua, atropelamentos, ter de caçar ratos para comer... Isso não é vida de gatinho. Pelo menos não vida de gatos do Adote um Gatinho.
Com esses aproveitamos para castrar 12 gatinhos que vieram de uma casa em que a pessoa só podia dar arroz para os gatos. A Luana, voluntária, aceitou cuidar desses gatinhos e a Raquel foi buscá-los.
Para a nossa surpresa, dos 12 gatinhos que pretendíamos castrar, só pudemos castrar 6 porque os outros eram filhotinhos demais e só queriam saber de correr e brincar em cima dos gatinhos anestesiados.
Quem pode com essas crianças arteiras? :-) Olhem a Cris e a Carol cuidando dos adultos depois da cirurgia e os filhotes brincando! rsrsrsrs
Agora estão a salvo e serão doados rapidinho porque são lindos, né? Obrigada as meninas que madrugaram em um domingo para tornar isso possível! E vamos logo aos outros casos afinal agora temos muitas outras boquinhas para alimentar e precisamos da ajuda de vocês. Chega de um caso só porque com 100 resgates temos histórias à beça para mostrar!
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