Boletim - Abril 2010

Boletim informativo AUG

 

 

Queridos amigos,
Que tristeza escrever esse boletim... Tivemos muitas perdas em abril. Perdas sofridas, perdas sentidas. Não queremos deprimir ninguém, mas nossa vida é assim mesmo e dividimos tudo com vocês, tanto alegrias quanto tristezas.

Abril era para ser um mês de festa, sabem? É quando comemoramos o aniversário da ONG. Fizemos 7 anos de vida, poxa! Infelizmente, não tivemos clima para comemorações.
Claro que também tivemos muita coisa boa durante o mês: muitas adoções boas e muitas vitórias! Contamos tudo no nosso blog, facebook e twitter para que vocês possam acompanhar o nosso trabalho mais de perto.

É difícil ver o lado bom quando o coração está apertado...

Primeiro foram nossos gatinhos de mamadeira que mostramos no boletim passado. Foram dizendo adeus, um por um. Não aguentaram viver sem uma mamãe gata, só com uma mamãe humana. Lutaram muito, mas, como eram muito pequenininhos, sabíamos que seria difícil resistir. Nem por isso dói menos, né?



Depois foi o sialatinha, irmão da frajolinha. Gatinho querido e festejado pela nossa comunidade do facebook e twitter, que acompanhou os exames, o diagnóstico e a luta desse serzinho iluminado. Ele descansou e deixou um vazio no meu coração. Felizmente, a irmãzinha cresce forte e saudável. O pequenino não tinha mesmo muita chance...



Há uma semana o Gonçalo virou estrelinha e abriu um buraco no peito da Susan que vai demorar para fechar. Meses e meses cuidando dele todo dia, mas, para a nossa tristeza, ele não resistiu.


A Preta Bolota, uma das nossas resgatinhas mais antigas, vivia amuadinha no abrigo junto com os gatos bravos. Nunca foi feliz, adoeceu e não houve tempo de fazer nada por ela.



O Kiko era um gatinho que, apesar de não ser nosso, conhecíamos bem e era muito amado pela nossa voluntária Raquel. Fizemos tudo que podíamos e ele teve o tratamento que precisou. Não economizamos nem um centavo, mas ele descansou para sempre na UTI. Muito triste.

Agora chega de falar das perdas porque, enquanto a gente catava os caquinhos e tentava seguir com tudo, muuuuitos resgates apareceram. Como dizer "estou cansada e triste, não posso ajudar"? Os gatinhos nas ruas, nas praças, doentes, passando fome... E lá fomos nós mais uma vez!

Um dos primeiros resgates do mês foi o Esqueleto, que estava na casa de uma protetora muito pobre e parecia que iria morrer. Chegou pesando menos de 1kg na nossa veterinária; seco, semi-morto. Na manhã seguinte da internação, teve uma diarreia e vômito com tantos vermes que nossa veterinária até guardou para nos mostrar de tão absurda que era a quantidade e o tamanho das minhocas que saíram dele. Além disso, o gato estava todo ferrado: respirava mal, não comia, tinha infecção de tudo. Mesmo assim, lutou bravamente e, graças à Dra. Angélica, que realizou um verdadeiro milagre, ele se recuperou devagarinho e teve alta essa semana. Já pesa quase 3kg e está vendendo saúde! Infelizmente ele tem FELV, leucemia felina, e, por isso foi morar com nossas gatinhas que também tem FELV. Temos esperança que esse gatinho lindo e mansinho encontre uma família para adotá-lo que o aceite como filho único.


Depois veio a Merenda, que foi resgatada de uma escola onde era chutada pelos alunos. Bonzinhos, né? Ficou internada um tempão, ficou linda demais e agora está para adoção! Ela é bem tranquila e gosta de dormir em cima da geladeira que temos no abrigo com as vacinas e remédios. Se alguém a chama, ela desce para se esfregar toda.

E a Tina e o Rolo? Depois de resgatados e internados na nossa veterinária, eles ficaram bonitos e saudáveis. Por serem grandes demais para viverem na gaiola, foram soltos no abrigo. A Tina acabou ficando doente de novo e precisou ir para a casa da Sylvia, nossa voluntária. A Sylvia cuidou dela com carinho e medicou a Tina sem outros gatos por perto para ela não se recontaminar. Vida de abrigo não é fácil não!

E a quantidade de mamães que resgatamos? Nem é época de ninhadas, mas elas não paravam de chegar.

Essa mãezinha estava abandonada com seus nenês em um canteiro de uma avenida. Imaginem o desespero dessa coitada, que, por sinal, é uma ótima mãe? Os nenês são fofos, miudinhos e abriram os olhos há poucos dias. Estão começando a andar e a gaiola ficará apertada para os 4. Se alguém puder hospedar essa turminha, avise a gente, ok? Eles são uma delícia!


Do forro do telhado de uma casa veio toda essa família linda. O dono da casa nos pediu ajuda e, com jeitinho, todos foram capturados. A Bell, nossa voluntária, foi buscá-los. A família toda é fofa e a mãe é uma mãezona, como toda gatinha de rua. A outra foto, da mamãe com 2 filhinhos, é de uma família socorrida por uma gateira que nos pediu ajuda porque a gata mãe estava muito doente. Um banheirinho e antibiótico e mais 3 vidas foram salvas. Não é muito, né? Todo mundo podia ceder um banheirinho e salvar vidas também...

A Milk também é uma mamãe, mas uma mamãe sem filhotes. Foi encontrada vagando sozinha com as tetas cheeeias de leite empedrado. Dava muita dó! Precisou tomar injeções para secar o leite porque ela não aceitou nenhum filhote que não fosse dela. Agora está no abrigo esperando adoção. Uma coitadinha, sabe-se lá que fim tiveram os nenês...

Ainda sobre mamães: essa família deu mais trabalho! O pedido de ajuda chegou com essas fotos. Uma judiação! E a cara de doentinho do branquinho? Mandamos resgatar, mas já era final de tarde e ninguém podia ir.

Por sorte a Fátima, que os encontrou, os acolheu naquela noite e eles dormiram sua primeira noite quentinhos e protegidos.

No dia seguinte, a Cris, nossa voluntária, deu uma carona para eles até o abrigo e lá foram atendidos pela Dra. Bia. Estão bonitinhos e saudáveis!

Às vezes, um resgate envolve um monte de gente, uma troca constante de emails e telefonemas e muita dor de cabeça. O final vale a pena, já que tiraramos da rua mais essas coisinhas lindas. Nem sempre podemos resgatar imediatamente e, se todo mundo tivesse o bom senso de resgatar na hora que encontrou o gatinho e colocá-lo num banheirinho até conseguir ajuda, as coisas seriam diferentes para muitos que não conseguimos salvar. Pouca gente quer ter trabalho nem que seja só por uma noite… E uma noite na vida desses gatinhos pode significar a vida ou a morte!
Um exemplo de atitude foi o da nossa amiga que encontrou o Narizinho. Ele estava machucado em uma casa cheia de cachorros! Ela imediatamente tirou o gatinho de lá e o levou para casa para que ele pudesse passar a noite longe daquele inferno. No dia seguinte, ela levou o Narizinho até a nossa veterinária e ela constatou que era só uma ferida. De lá ele foi para o lar temporário e agora só falta crescer o pelinho! Rsrsrs…


Alguns dias depois uma voluntária nossa do Guarujá, a Paulinha, encontrou um mini gatinho na rua. Ela chamou e ele correu para o motor de um carro. Por sorte, ela trabalha em um hotel e o carro era de um dos hóspedes. Ela chamou o moço e eles abriram o capô para pegar o gatinho. Ela cuidou dele e o trouxe para São Paulo para poder ser castrado e doado. Aqui ele ficou amigo do Narizinho! Imaginem essa coisica de nada vivendo nas ruas! O nome? Celtinha, porque ele é pretinho como o carro em que se escondeu! :-)

No dia seguinte, mais um pretinho veio se juntar ao Narizinho e ao Celtinha, menor ainda e todo arrepiado. Deve ter no máximo uns 45 dias e deve ter passado muita fome porque até chora e faz barulhinhos cada vez que vai comer algo diferente. Além disso, fica desesperado se a gente tenta tirar a comida dele! A turminha durou pouco, porque o Celtinha foi para nova casa no sábado. Agora estão Narizinho e Arrepiado sozinhos novamente! rs

Essa turminha foi abandonada na porta da casa de um cara muito legal e muito humilde. Ele não tinha como colocar os gatos para dentro de casa e passou a alimentá-los do lado de fora, até que começaram a ameaçá-los. A qualquer momento eles poderiam ser envenenados ou jogados em algum córrego. Foi então que esse cara nos procurou e nós os acolhemos:

E essa ninhada de 6, cada um de uma cor? Chegaram magrelos e fraquinhos, agora estão lindos de morrer!

Essas duas foram encontradas dentro de uma caixa de papelão no jardim de um banco:

Uma senhora muito pobre tem muitos animais e não consegue cuidar de todos. Esses dois nos foram entregues com o ânus sangrando. Chegamos a pensar que tinham sofrido abuso, mas eles estavam machucados por conta de uma diarreia muito forte. Um pecado. Estão internados na nossa veterinária.

E essa turminha? Esses 3 gatinhos foram resgatados de uma favela e eram mantidos em uma caixa de transporte. Foram resgatados assim, todos sujos de cocô e cheeeeeeeio de vermes. A Raquel, nossa voluntária, os resgatou, cuidou deles, limpou, deu abrigo por uma noite na casa dela e, assim que foi possível, levou os 3 para uma gaiola no abrigo. Olhem só a diferença! Viram só?


Do mesmo lugar vieram esses 2 menininhos. Também foi a Raquel que os resgatou da favela e agora estão numa gaiolinha apertada no abrigo. São lindos e merecem um futuro digno e cheio de amor.

Outro caso como o da ninhada anterior foi esse aqui. Uma pessoa que já nos conhece os encontrou abandonados em uma caixinha no estacionamento de um supermercado. Ela levou todos pra casa e cuidou como conseguiu. Quando os recebemos estavam lotados de pulgas. Essas fotos são deles ainda molhados do antipulgas que passamos. Depois colocamos todos para "secar" e tomar sol porque o remédio dá muito frio. Estão bem doentinhos ainda, sendo que um é muito pequeno e precisa de mais cuidados. Olhem o tigrinho figura dentro do pote de comida! Ninhadinha linda.


De um grupo de carroceiros que vivem perto do abrigo veio a Gisele. A Renata, uma gateira que sempre resgata gatos naquele pedaço, achou essa coitadinha na sarjeta. Também está em uma gaiola pequena esperando para ser castrada e doada.

Nosso abrigo está cheio e não temos mais espaço para receber mais nenhum resgate. Essa é apenas uma das salas do abrigo. Não é justo com eles deixá-los vivendo assim. Se um adoece, todos adoecem. Eles não podem correr ou dormir na cama dos seus donos… Não é a filosofia da ONG manter tantos gatinhos no abrigo.

Por isso, temos que dar graças à Deus que muitas pessoas resgatam os gatinhos e ficam com eles. Nós nos responsabilizamos financeiramente e não precisamos colocar ainda mais gatinhos no abrigo.
Essa gatinha é a Montserrat. Ela foi jogada pelo muro dentro da casa da irmã de uma voluntária nossa, provavelmente para que ela fosse morta pelo cachorro que mora lá. Isso já aconteceu uma vez, aliás. O cachorro chegou a pegar a gatinha e deu umas sacudidas. Quando ela foi socorrida estava com um buraco na barriga, resultado da mordida do cachorro. A Dani, nossa voluntária, foi buscá-la e agora, recuperada, espera adoção.

O namorado da Dricka, uma das nossas voluntárias que está fazendo um trabalho sensacional amansando nossa ferinha Assustadinha, encontrou perto de um bar 4 gatinhos e os resgatou. Batizou a turminha de ‘kit bar’ e os chamou de Rum, Whisky, Tequila e Amarula. Infelizmente estavam tão famintos, judiados e doentinhos que as frajolinhas não resistiram. A Dricka ficou muito triste porque foi a primeira vez que ela perdeu gatinhos que estavam sob os cuidados dela. Sabemos bem a dor dela...

A Suzeli salvou essa coitadinha de uma árvore. Estava apavorada!

A Denise, nossa voluntária, resgatou com os pais dela essas lindezas que eles encontraram abandonados em um terreno perto da casa de praia deles:

A Rosa, também nossa voluntária, encontrou essa sialata judiada miando na porta da casa dela. A gatinha provavelmente sentiu o cheiro dos outros gatos da Rosa e foi pedir abrigo lá. Foi socorrida e está sendo cuidada.

Neste boletim temos uma nova seção: Achados e Perdidos! Esse filhotão se perdeu ou fugiu, mas não é gato de rua. Estava castrado, limpinho e muito saudável. Uma gateira o viu zanzando e prestes e atravessar uma avenida movimentada. Sorte que conseguiu resgatá-lo e evitar que o moçoilo fosse atropelado! Ele agora espera uma nova casa lá no abrigo. Lindo assim não deve demorar, né?
E, para completar, até cachorro a gente pegou!

A Susan encontrou o Dudu encostado na porta do trabalho dela. Aí é covardia, né? Ele nem se mexia. Olhem que coisa mais fofa! Como estamos super lotadas e não temos nem vagas para gatinhos no momento, ele está num hotelzinho. Por favor, divulguem a foto do Dudu! Ele merece ganhar uma casinha e nós, com tantas despesas, não merecemos ter que pagar hotel. Está super pesado custeá-lo! Dudu tem aproximadamente 3 anos, é super manso, super carinhoso, quietinho e se dá bem com gatos e cachorros.


Como vocês podem ver, a situação está feia. Esse mês tivemos um prejuízo grande de dinheiro. Só na UTI ficaram 4 gatinhos e, infelizmente, 3 deles morreram. A gente não se arrepende e segue lutando até o fim, claro. Se houver 1% de chance, estaremos lá!
Como o sonhado patrocínio parece que ainda vai demorar, pedimos humildemente que continuem nos ajudando a ajudar os animais. Nossa turminha não para de crescer e infelizmente as doações não estão acompanhando. :(


Abaixo seguem as formas de ajudar:

1) Doações em dinheiro
Quem puder nos mandar dinheiro para custear castrações, internações, tratamentos, compra de vacinas, pode depositar na conta da ONG:
Adote um Gatinho
CNPJ 08.858.329/0001-08
Itaú 0341
Agência 2970
C/C 12869-6

Quem não tiver conta no Itaú, pode escrever para susan@adoteumgatinho.org.br. A Su manda um boleto para o email de vocês, com a data e o valor que desejarem!
É preciso enviar nome completo, endereço completo (com CEP), CPF, valor da doação e data desejada para o vencimento, ok?

Quem preferir doar com cartão de crédito pode nos ajudar por meio do Pag Seguro. É só acessar: http://adoteumgatinho.com.br/doe.htm

Lá você encontra todas as informações necessárias para fazer a sua doação.

2) Doando ração, areia, remédios

Temos parceria com dois petshops virtuais muito bacanas. Você faz o pedido, pede para entregar para a gente e chega tudo direitinho:

O Pet Super Market - http://www.rumo.com.br/sistema/Custom.asp?IDLoja=663&arq=adoteumgatinho.htm
&1ST=1&Y=1909357195240
Se não funcionar, copie e cole na barra do seu navegador que dá certo.
No campo do nosso telefone preencha com o telefone da loja.

E o Fauna e Flora - http://www.faunaflora.com.br/aug.htm . Dá para comprar também por email: fauna.ltda@terra.com.br e por telefone: (11) 5842-1345. Falem com a Thelma e digam que é uma doação para o Adote um Gatinho!
Por favor, se você fizer a compra com um destes parceiros, envie um email parainformacoes@adoteumgatinho.org.br avisando. Assim temos como controlar as doações, ok?

Se você preferir, traga a sua doação em dinheiro ou produtos pessoalmente! Assim você aproveita e conhece nossos gatinhos em um dia de visita. Pode ser na nossa sede, na Barra Funda, ou no consultório da nossa veterinária, na Vila Mariana. Basta escrever parainformacoes@adoteumgatinho.org.br e daremos as instruções.

3) Apadrinhamento
Outra forma de ajudar é apadrinhando um gatinho, fazendo doações fixas todos os meses. Para saber mais, acesse: http://adoteumgatinho.com.br/madrinhas.htm

4) Rifas
Mais uma forma de colaborar com o AUG é participando das nossas rifas:http://adoteumgatinho.com.br/rifas.htm. Sempre temos coisas bacanas com motivos de gatinhos!

5) Lojinha
Outra forma de nos ajudar é adquirindo um dos produtos oficiais do Adote um Gatinho ou de nossos parceiros.
http://adoteumgatinho.com.br/lojinha
Estamos preparando uma linha comemorativa dos nossos 7 anos. Vocês nem imaginam cada coisa linda vem por aí!

Depois desses 7 anos, tudo o que desejamos é que possamos continuar nessa luta por mais 7, 14, 21 anos.

Desejamos ter saúde e serenidade para podermos continuar lidando com o lado mais cruel das pessoas e as suas vítimas, os animais.

Enquanto tivermos saúde, podem ter certeza que estaremos batalhando por aqueles que não podem falar.
Até o próximo boletim!


Ju, Su e voluntárias AUG

 

Voltar